Ontem, como de
costume, peguei o ônibus que faz a linha do Povoado do Candonga, para ir dar
aula, mas ao chegar em frente à escola aconteceu uma pequena tragédia.
Antes de chegar na
escola, a merendeira telefonou para perguntar à professora Márcia se o seu aluno Gabriel, podia pegar o ônibus, uma
vez que ele perdeu a Kombi, transporte escolar que “puxam” os alunos dentro do
povoado.
Quando o ônibus chegou,
parou para eu descer e o Gabriel entrar. Como estava chovendo, eu demorei um
pouco, na escadinha, para descer, pois tentava abrir a sombrinha, nisso o
Gabriel estava subindo e eu falei:
- Calma, deixa eu
descer primeiro Gabriel.
Nisso ele desceu, mas
ficou segurando no gancho da porta. Só que o motorista começou a andar, eu cai
e quando a porta fechou, prendeu o braço do Gabriel. E o ônibus foi
arrastando-o.
Tudo muito rápido,
não me lembro de quase nada, apenas que, já no chão, me preocupei com a roda do
ônibus. Por sorte tinha algumas pessoas no ponto do ônibus, inclusive a mãe do
Gabriel também.
Houve muita gritaria,
pedindo que o ônibus parasse, mas o motorista não viu e continuou a andar. Até
que as pessoas de dentro do ônibus se puseram a gritar, até que o motorista
parou, desceu e perguntou:
- O que aconteceu?
Todas as pessoas que nos
acudiram responderam quase ao mesmo tempo o que tinha acontecido e o motorista,
muito nervoso, dizia não ter culpa, pois o veículo não tinha retrovisor e ele
não viu nada.
Segundo a mãe do
Gabriel, eu cai dando cambalhotas e gritando o nome do Gabriel, desesperada e
ela ficou com medo do ônibus passar por cima de mim.
Dali fomos caminhando
para a escola, o Gabriel chorando de dor no braço, justo o que ele tinha
quebrado no ano passado e eu com muita dor na mão. Entrei na sala de aula
enquanto a merendeira Odete telefonava para a Secretaria de Educação para pedir
que alguém fosse nos socorrer.
Eu entrei na sala de
aula, mas não conseguia falar, tamanha vontade de chorar, mesmo assim consegui
fazer a oração da manhã, juntos com os alunos, que estavam visivelmente
assustados.
Logo chegou a viatura
do Corpo de Bombeiros para nos “acudir”. Fomos para o hospital e o médico
verificou que o Gabriel só tinha feito uma luxação no braço e eu tomei uma
injeção de calmante, pois estava muito abalada com tudo que aconteceu.
Mais tarde a
professora Márcia me telefonou dizendo que mal conseguiu dar aula, pois da
janela, parecia que eu estava embaixo do ônibus e os meus gritos não saiam da
cabeça dela.
Apesar do nervoso,
fiquei muito agradecida a Deus pela proteção que tive em cair de um ônibus,
rolando o chão e não me machucar, apenas esfolar o dedo mindinho. Por isso
sempre falo que Deus não anda do meu lado, me carrega no colo.
É minha amiga, sempre falei pra vc que vc é uma pessoa por demais abençoada. Graças a Deus não lhe aconteceu nada de grave. Não passou de um susto. A mão de Deus estava lá lhe protegendo. Motivos de sobra vc tem para lhe agradecer. Bjs
ReplyDeleteGraças a Deus que tudo terminou bem amiga, tenha certeza que Deus te carrega mesmo no colo e está protegendo sempre a você e seus alunos!Bjs no coração
ReplyDeleteOi amiga...
ReplyDeleteQue susto ainda bem que não aconteceu nada mais grave..
Obrigada meus DEus por essa graça..
Bjs amo vcs e esses pupilos...
Que Deus fique sempre ao seu lado!
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