Saturday, 2 November 2013

HISTÓRIA FRAGMENTADA DE MORRETES – PR -


Morretes é um município brasileiro  na região litorânea do estado do Paraná. É uma cidade famosa por seus restaurantes, que vendem um prato típico da região chamado barreado. Também possui muitos casarões antigos preservados. Sua fundação se deu em 31 de outubro de 1733 e tem como lema – A SUA NATUREZA É ENCANTAR!

Sua história diz que pela Lei Provincial Número 188, de 24 de maio de 1869, Morretes foi elevado à categoria de cidade, com sua denominação alterada para Nhundiaquara, mas pela Lei Provincial Número 277, de 7 de abril de 1870, voltou a denominar-se Morretes. Em 1º de março de 1841, através da Lei Provincial Número 16, Morretes foi elevada à categoria de município, com território desmembrado de Antonina. A instalação oficial se deu no dia 5 de julho de 1841.
Até o século XVI, a região atual do município era território dos índios carijós, etnia indígena  que ocupava a faixa litorânea brasileira desde Cananéia até a Lagoa dos Patos. A partir de 1646, com a descoberta de jazidas de ouro, a região passou a ser ocupada por mineradores e aventureiros provenientes da cidade de São Paulo. Em 1721, foi fundado, oficialmente, o povoado de Morretes.
Foi o ouvidor Rafael Pires Pardinho quem determinou que a Câmara Municipal de Paranaguá  autorizasse a medição e demarcação de trezentas braças em quadra, para a instalação do povoado de Morretes. A partir de meados do século XVIII, os parnanguaras capitão Antonio Rodrigues de Carvalho e sua mulher Maria Gomes Setúbal se estabelecem em Morretes, onde logo construíram uma capela, dedicando-a Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos Três Morretes. Em 21 de julho de 1769, o padre Francisco de Meira Calassa abençoou a capela morretense.
A partir desta época, o lugar teve grande crescimento, com o setor comercial tornando-se ponto de referência obrigatória aos viajantes de serra acima e rio abaixo. O progresso do povoado provocou certa rivalidade com Paranaguá, que chegou ao cúmulo de proibir "… os comércios de fazendas secas de lojas em Morretes", por ordem do ouvidor da Capitania no ano de 1780. No ano seguinte, a proibição foi revogada por ordem de Dom Martin Lopes Saldanha - governador-general da capitania.
Quando era capelão de Morretes, o padre Francisco Xavier dos Passos conseguiu, com a ajuda da comunidade, reformar a antiga capela. Nesse tempo, a vida social e cultural do lugar girava em torno das atividades da igreja. Foram beneméritos da Capela de Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos Três Morretes, de 1797 a 1809, o tenente João Ferreira de Oliveira e, de 1810 até 1814, o sargento-mor Antonio Ricardo dos Santos.
No período de 1811 a 1832, o comércio sobrepujou todas as demais atividades em Morretes. E nem só o comércio, mas também a indústria, em particular a indústria de beneficiamento de erva-mate, de que foram pioneiras pessoas abastadas de Paranaguá, que instalaram em diversos pontos do município engenhos de beneficiamento do mate, quase todos movidos a força hidráulica. Em 1823, foi construído um grande teatro de madeira e, nele, foram levados à cena, por jovens morretenses, peças teatrais de grande importância, inclusive uma comédia do famoso escritor da Grécia Antiga, Esopo. 
Com a chegada dos trilhos de aço da Estrada de Ferro Paraná ao litoral, cujo tráfego iniciou-se em 1885, Morretes decaiu vertiginosamente: seu comércio foi altamente prejudicado, parando os engenhos de erva-mate e afetando toda a estrutura socio-econômico-cultural do município. A partir de então, operou-se uma reação, reconquistando o município, aos poucos, sua importância no contexto do estado do Paraná.
A colônia agrícola Nova Itália, que era dividida em doze núcleos coloniais, foi fundada em 22 de abril de 1878, em terreno doado pelo coronel Antônio Ricardo dos Santos. Nela, foram estabelecidas 543 famílias, num total de 2296 pessoas. Mais tarde, muitos colonos deixaram o lugar e se transferiram para outras colônias, motivados principalmente pela inadaptação ao clima de Morretes. O distrito de Porto de Cima é um dos mais importantes pontos de referência histórica, não só para o povo morretense, mas para todo o Paraná.
Seu primeiro morador foi João de Almeida que com sua família chegou entre os anos de 1725 e 1730. João de Almeida fez sua casa no alto da igreja, próximo a ponte do Ribeirão e outra morada, vulgarmente chamada de casa da farinha na qual tinha roda e prensa para fazer um pequeno engenho de moer cana.
Por volta de 1820, Auguste de Saint-Hilaire, um pesquisador da fauna brasileira que passou pelo Brasil entre 1816 e 1822, desceu o planalto para o litoral e descreve algumas passagens por Morretes e Porto de Cima.  "Ao chegar ao Porto eu me vi em outra atmosfera o ar era pesado e o calor muito mais forte do que nos arredores de Curitiba e nos Campos Gerais. Eu não me achava mais nem no planalto, nem na serra, e sim nas proximidades do litoral. De repente, realmente voltei a ver as plantas cultivadas nas regiões mais quentes do Brasil. Em lugar dos pessegueiros que cercam as habitações do distrito de Curitiba, são as bananeiras que abrem suas largas folhas sobre as casas do Porto."
Saint-Hilaire descreve que os habitantes da região eram mestiços de índios, de brancos e mulatos e ao chegar a Morretes, o local contava com 60 casas e a paróquia, tinha cerca de mil fiéis. "Parei no arraial de Morretes, situado em aprazível local, à beira do rio Cubatão" (hoje Nhundiaquara)
O ponto mais alto deste arraial era justamente onde havia se construído a paróquia. De lá se podia ter uma visão mais detalhada. Não por acaso que justamente neste lugar o primeiro morador oficial de Morretes escolheu este mesmo local para construir sua casa. Isto bem antes da construção da igreja cujo início se deu sob forma de uma pequena capela consagrada a Nossa Senhora do Porto dos Três Morretes, benta em 1769.
Neste ano, Morretes completou 280 anos e quem nasce em Morretes é chamado de “morretense” e quem veio de fora e mora é chamado de “morreteano”.
VIVA MORRETES!!!!!



1 comment:

  1. Querida amiga...
    Sou uma pessoa grata á Deus te ter nascido nesta terra abençoada...
    Linda homenagem...
    Parabéns por tantas informações.
    Muita luz na sua caminhada..
    bjss..

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