Morretes é um município brasileiro na região litorânea do estado do Paraná.
É uma cidade famosa por seus restaurantes, que vendem um prato típico da região
chamado barreado.
Também possui muitos casarões antigos preservados. Sua fundação se deu em 31 de
outubro de 1733 e tem como lema – A SUA
NATUREZA É ENCANTAR!
Sua história diz que pela Lei Provincial Número
188, de 24 de maio de 1869, Morretes foi elevado à categoria de cidade, com sua
denominação alterada para Nhundiaquara, mas pela Lei Provincial Número 277, de
7 de abril de 1870, voltou a denominar-se Morretes. Em 1º de março de 1841,
através da Lei Provincial Número 16, Morretes foi elevada à categoria de município,
com território desmembrado de Antonina. A instalação oficial se deu no dia 5 de julho de
1841.
Até o século XVI, a região atual do município era
território dos índios carijós, etnia indígena que ocupava a faixa litorânea
brasileira desde Cananéia até a Lagoa dos Patos. A partir de 1646, com a descoberta de jazidas de ouro, a
região passou a ser ocupada por mineradores e aventureiros provenientes da
cidade de São Paulo. Em 1721, foi fundado, oficialmente,
o povoado de Morretes.
Foi o ouvidor Rafael Pires Pardinho quem determinou que a Câmara Municipal de Paranaguá autorizasse a medição e demarcação de trezentas
braças em quadra, para a instalação do povoado de Morretes. A partir de meados
do século XVIII,
os parnanguaras capitão Antonio Rodrigues de Carvalho e sua mulher Maria Gomes
Setúbal se estabelecem em Morretes, onde logo construíram uma capela,
dedicando-a Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos Três Morretes. Em 21 de
julho de 1769, o padre Francisco de Meira Calassa abençoou a capela morretense.
A partir desta época, o lugar teve grande
crescimento, com o setor comercial tornando-se ponto de referência obrigatória
aos viajantes de serra acima e rio abaixo. O progresso do povoado provocou
certa rivalidade com Paranaguá, que chegou ao cúmulo de proibir "… os
comércios de fazendas secas de lojas em Morretes", por ordem do ouvidor da Capitania no ano de 1780. No ano seguinte, a proibição foi revogada por ordem de Dom
Martin Lopes Saldanha - governador-general da capitania.
Quando era capelão de Morretes, o padre Francisco
Xavier dos Passos conseguiu, com a ajuda da comunidade, reformar a antiga
capela. Nesse tempo, a vida social e cultural do lugar girava em torno das
atividades da igreja. Foram beneméritos da Capela de Nossa Senhora do Porto e
Menino Deus dos Três Morretes, de 1797 a 1809, o tenente João Ferreira de
Oliveira e, de 1810 até 1814, o sargento-mor Antonio Ricardo dos Santos.
No período de 1811 a 1832, o comércio sobrepujou
todas as demais atividades em Morretes. E nem só o comércio, mas também a
indústria, em particular a indústria de beneficiamento de erva-mate,
de que foram pioneiras pessoas abastadas de Paranaguá,
que instalaram em diversos pontos do município engenhos de beneficiamento do mate, quase todos movidos a força hidráulica. Em 1823, foi
construído um grande teatro de madeira e, nele, foram levados à cena, por
jovens morretenses, peças teatrais de grande importância, inclusive uma comédia
do famoso escritor da Grécia Antiga, Esopo.
Com a chegada dos trilhos de aço da Estrada de Ferro Paraná ao litoral, cujo
tráfego iniciou-se em 1885, Morretes decaiu vertiginosamente: seu comércio foi
altamente prejudicado, parando os engenhos de erva-mate e afetando toda a
estrutura socio-econômico-cultural do município. A partir de então, operou-se
uma reação, reconquistando o município, aos poucos, sua importância no contexto
do estado do Paraná.
A colônia agrícola Nova Itália, que era dividida em
doze núcleos coloniais, foi fundada em 22 de abril de 1878, em terreno doado
pelo coronel Antônio Ricardo dos Santos. Nela, foram estabelecidas 543
famílias, num total de 2296 pessoas. Mais tarde, muitos colonos deixaram o
lugar e se transferiram para outras colônias, motivados principalmente pela
inadaptação ao clima de Morretes. O distrito de Porto de Cima é um dos mais importantes pontos de referência histórica, não
só para o povo morretense, mas para todo o Paraná.
Seu primeiro morador foi João de Almeida que com
sua família chegou entre os anos de 1725 e 1730. João de Almeida fez sua casa
no alto da igreja, próximo a ponte do Ribeirão e outra morada, vulgarmente
chamada de casa da farinha na qual tinha roda e prensa para fazer um pequeno
engenho de moer cana.
Por volta de 1820, Auguste de
Saint-Hilaire, um pesquisador da fauna brasileira que passou pelo Brasil entre
1816 e 1822, desceu o planalto para o litoral e descreve algumas passagens por
Morretes e Porto de Cima. "Ao
chegar ao Porto eu me vi em outra atmosfera o ar era pesado e o calor muito
mais forte do que nos arredores de Curitiba e nos Campos Gerais. Eu não me
achava mais nem no planalto, nem na serra, e sim nas proximidades do litoral.
De repente, realmente voltei a ver as plantas cultivadas nas regiões mais
quentes do Brasil. Em lugar dos pessegueiros que cercam as habitações do
distrito de Curitiba, são as bananeiras que abrem suas largas folhas sobre as
casas do Porto."
Saint-Hilaire descreve que os habitantes
da região eram mestiços de índios, de brancos e mulatos e ao chegar a Morretes,
o local contava com 60 casas e a paróquia, tinha cerca de mil fiéis. "Parei
no arraial de Morretes, situado em aprazível local, à beira do rio Cubatão"
(hoje Nhundiaquara)
O ponto mais alto deste arraial era
justamente onde havia se construído a paróquia. De lá se podia ter uma visão
mais detalhada. Não por acaso que justamente neste lugar o primeiro morador
oficial de Morretes escolheu este mesmo local para construir sua casa. Isto bem
antes da construção da igreja cujo início se deu sob forma de uma pequena
capela consagrada a Nossa Senhora do Porto dos Três Morretes, benta em 1769.
Neste ano, Morretes completou 280 anos
e quem nasce em Morretes é chamado de “morretense” e quem veio de fora e mora é
chamado de “morreteano”.
VIVA MORRETES!!!!!
Querida amiga...
ReplyDeleteSou uma pessoa grata á Deus te ter nascido nesta terra abençoada...
Linda homenagem...
Parabéns por tantas informações.
Muita luz na sua caminhada..
bjss..