Tuesday, 10 June 2014

A CACHORRA DA ESCOLA



Outro dia, na condição de Diretora das Escolas Rurais, fui visitar uma das escolas. Ao chegar lá, fui recebida por uma cachorrinha bem “simpática”.
Perguntei para a merendeira de quem era e ela me contou uma história muito triste. Esta cachorrinha era de uma criança, aluno da escola rural. 


Todos os dias quando o aluno ia para a escola, a cachorrinha ia junto. E assim foram por muitos dias, até que um dia a família foi embora e deixou-a sozinha, abandonando-a.
Desde então, a cachorrinha continuava indo para a escola e lá ficava no portão da escola, na esperança do seu “doninho” sair de dentro.
Ao ouvir isto, fiquei perplexa e perguntei quem estava tratando dela, a merendeira disse que estava levando comida de sua casa e que se sobrava merenda nos pratinhos dos alunos, ela dava também, porém, nos finais de semana ela ficava sem comer.
Voltei para casa, coração apertado, sempre pensando na cachorrinha. Num sábado, fui até à escola para pegá-la, mas não consegui. Ela se embrenhou no meio do mato e não tive sucesso. Percebi que ela estava “corrida”. Fui embora com o firme propósito de “deixar para lá".
Ontem, dia 9 de junho, ao retornar à escola, com o objetivo de levar um ofício, de longe avistei a cadelinha, lá, no portão, toda molhada, pois estava chovendo. Quase chorei. Avisei a merendeira que iria buscar a cachorrinha, ela me respondeu que ela poderia estar prenha, uma vez que cruzou.
Ao retornar, telefonei para o Paulo, o dono de um Pet, combinamos de ir buscá-la, ele daria um banho e eu a levaria para casa. Só que ele só poderia na terça-feira, hoje, dia 10.06.
Não consegui dormir direito, só pensando na cachorrinha abandonada. Pensei em vários nomes, e acabei por escolher Iolanda. Não sei de onde surgiu este nome.
Hoje, fomos à escola buscá-la. A merendeira prendeu-a no banheiro, peguei-a no colo e comentei com eles que iria colocar o nome dela de Iolanda. Qual não foi minha surpresa, quando Paulo falou:
- Não, este nome, não. Era o nome de minha mãe.
Todos caímos na risada e fomos embora. Quando fui buscá-la, junto com sua esposa, a Cris, escolhemos o nome de Pituca.
Agora é só dar tempo ao tempo para a socialização com minhas cachorras.
Ao chegarmos a Elzinha cheirou e não deu muita bola, mas a Dinha rodeava-a, cheirava. Quando fui dar ração percebi que a cachorrinha, agora Pituca, se afogou e me preocupei.
Ela é uma cachorrinha mansinha e queridinha. Seja bem vinda, Pituca, neste lar cheio de amor para te dar.
Obrigada, Senhor, pela oportunidade de “conhecer” a Pituca.

Tentando pegá-la
Neste portão que ela esperava pelo seu companheirinho
Arredia
A merendeira e eu com a Pituca
A Pituca tem os dentinhos para fora.
Colocando-a na gaiola do carro do Pet
Olha que lindinha...
Dinha a rodeia...
... e rodeia....
Mas vão ficar amigas, se Deus quiser.


4 comments:

  1. Parabéns pela atitude Anecy ... Com certeza a Pita irá lhe dar muitas alegrias .
    forte abraço
    Neto Gnatta
    Secretário de Planejamento e
    Desenvolvimento Econômico
    Prefeitura de Morretes
    Fone : (41) 3462-12-66 / Cel: 8804-8552
    Skype : netoecia
    E-mail: planejamento@morretes.pr.gov.pr
    www.morretes.pr.gov.br

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  2. Vera Iwamoto
    19:42 (Há 11 horas)
    para mim
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    oie...amiga, seja bem vinda ao rol das tias protetoras autonomas dos animais...DEUS te em dobro de felicidades...
    fico muito feliz...1000 bjs. VERA

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  3. Liliane Cristiane Schlemer Alcântara
    18:28 (Há 12 horas)
    Lindo gesto Anecy, com certeza será reconhecido pelo Criador! Pai de todos os seres!
    Enviada do meu iPhone

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  4. Este gesto será eternamente agradecido pela Pita, pode ter certeza. Ela sabe que foi escolhida por uma pessoa de bom coração e que não vai abandoná-la como fez outra família,

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